O tom mais flexível do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, em discurso no Simpósio de Jackson Gap, levou a um forte otimismo em Wall Avenue, diante da expectativa crescente de um primeiro corte nos juros em setembro. Neste ambiente, os principais índices acionários de Nova York exibiram fortes ganhos na sessão desta sexta-feira (22), com o Dow Jones renovando sua máxima histórica de fechamento.
Ao fim da sessão, o Dow Jones fechou em alta de 1,89%, aos 45.631,74 pontos, o S&P 500 subiu 1,52%, aos 6.466,91 pontos, e o Nasdaq avançou 1,88%, aos 21.496,54 pontos.
Apenas o setor de bens essenciais terminou no negativo, com perda de 0,35%.
A maior diferença na comunicação de Powell foi o reconhecimento da possibilidade de uma mudança no rumo da política monetária americana. “Com a política em território restritivo, a perspectiva básica e a mudança no equilíbrio de riscos podem justificar o ajuste da nossa postura”, disse o presidente do Fed.
As declarações de Powell deixaram as portas ainda mais abertas para o início do ciclo de afrouxamento monetário em setembro, embora ele não tenha expressado isso diretamente. Vale mencionar, também, que o presidente do Fed destacou que os membros da autarquia irão tomar decisões com base “exclusivamente em sua avaliação dos dados”, e ainda são esperados os números do relatório oficial de empregos dos EUA, o chamado “payroll”, e o índice de preços ao consumidor (CPI da sigla em inglês) de agosto antes da próxima reunião.
Ainda sem a clareza whole dos dados, nem todos os participantes do mercado estão convencidos de que um corte em setembro seria uma medida prudente. Na avaliação do Financial institution of America, a menos que o mercado de trabalho americano se deteriore ainda mais, o Fed cometeria um erro ao cortar os juros em setembro. O cenário-base do banco não conta com nenhuma redução nos Fed Funds neste ano.
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