Wednesday, March 12, 2025
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Gerdau diz estar confiante de que governo terá novas medidas contra importação de aço | Empresas

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O diretor-presidente da Gerdau, Gustavo Werneck, disse a jornalistas, nesta terça-feira (11), que está confiante de que o governo federal criará novas medidas de defesa comercial para conter a entrada crescente de aço chinês no Brasil.

“A gente está próximo de vencer aquela primeira etapa de defesa comercial, agora, no mês de maio. Então estou muito confiante que, depois do que a gente fez aqui, hoje, o governo vai implantar novas medidas, medidas um pouco mais duras, para impedir esse quantity enorme de aço que entra no Brasil de forma desleal, numa competição totalmente sem isonomia”, afirmou Werneck.

O executivo participou de evento da companhia para anunciar a expansão da produção de bobinas a quente na fábrica de Ouro Branco (MG), de 250 mil toneladas por ano para 1,1 milhão de toneladas.

Ele observou que, historicamente, o Brasil tem tido 11% de penetração de aço importado. Mas esse índice chegou a 25% no ano passado. Em 2024, as importações de aço do Brasil avançaram 18% em relação ao ano anterior, e as exportações recuaram 18%, segundo dados do Instituto Aço Brasil, diante da forte concorrência da China. Hoje, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse que o governo tomará novas medidas para preservar a competitividade do aço brasileiro diante de importações da China.

Werneck afirmou que o setor tem discutido o tema com o governo e que há várias opções sendo avaliadas.

“Tem várias coisas na mesa, e o debate é amplo, desde aumentar o valor da tarifa, ou tirar essa cota que entra com o imposto mais baixo e taxar cada tonelada de aço que entra no Brasil”, disse o executivo.

Atualmente, o governo estabelece uma taxa de 11% sobre importação de aço dentro de uma cota, e de 25% para o quantity acima da cota.

Werneck disse esperar que o governo defina, em breve, um novo mecanismo para tentar barrar as importações de aço da China. De acordo com o executivo, o aço produzido pelo país asiático tem chegado ao Brasil com preços inferiores ao do minério de ferro (que é a matéria-prima do aço) vendido para a Ásia.

“É uma clara prática que não segue os mecanismos da Organização Mundial do Comércio. É impossível, com esse nível de competitividade que a gente tem, a gente competir com aço que chega de forma totalmente desleal e não isonômica”, disse Werneck.

Durante o evento, o presidente do conselho de administração da Gerdau, André Gerdau Johannpeter, disse que a cadeia do aço no Brasil tem perdido competitividade, principalmente em função das importações “a preços desleais”.

“Isso causa transferência de empregos para o exterior e nós queremos manter os empregos locais”, afirmou.

A jornalista viajou a convite da Gerdau

O diretor-presidente da Gerdau, Gustavo Werneck, espera que o governo federal defina, em breve, um novo mecanismo para tentar barrar as importações de aço da China — Foto: Julio Bittencourt/Valor
O diretor-presidente da Gerdau, Gustavo Werneck, espera que o governo federal defina, em breve, um novo mecanismo para tentar barrar as importações de aço da China — Foto: Julio Bittencourt/Valor

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