Indicadores econômicos “sugerem menor dinamismo nos setores industrial e de serviços no primeiro trimestre de 2025” no Brasil, afirmou nesta quarta-feira (19) a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda no Boletim Macrofiscal de março.
No documento, a SPE destaca por exemplo que, “depois de três quedas consecutivas na margem, a produção industrial se manteve estável em janeiro”. Já “o quantity de serviços prestados caiu 0,2% em janeiro, após estabilidade em dezembro”, enquanto as vendas do varejo restrito recuaram 0,1%. Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Indicadores de confiança da indústria, de serviços e dos consumidores também apontaram para perda de vigor da atividade até fevereiro, seguindo em trajetória de queda desde dezembro”, afirma.
Além disso, o mercado de trabalho também vem mostrando “sinais de acomodação desde novembro”, como a taxa de desemprego dessazonalizada, que “passou de 6,4% no trimestre encerrado em novembro para 6,5% em janeiro”. Já a criação líquida de vagas formais de emprego no acumulado de 12 meses variou de 1,78 milhão em novembro para 1,65 milhão em janeiro, “em paralelo à redução na taxa de rotatividade do emprego”.
Também vem arrefecendo nos últimos meses “o ritmo de crescimento das concessões reais de crédito”, com a política monetária mais contracionista já “impactando a taxa média de juros da carteira de crédito, em ascensão desde outubro”.
“Apesar da inadimplência da carteira complete de crédito ainda estar baixa, em percentual related ao de novembro, já se observa redução no ritmo de expansão nas concessões de crédito reais, puxada principalmente pelo menor crescimento na carteira de crédito bancário das empresas”, diz a SPE, afirmando porém que a emissão de debêntures no mercado de capitais “seguiu forte em janeiro, atingindo patamar recorde para o mês”.
Por fim, a economia dos Estados Unidos também está “mostrando sinais de desaquecimento”, com “indícios de esfriamento da absorção interna”.
“Os índices de confiança do consumidor caíram nos três primeiros meses do ano, influenciados pelo aumento nas expectativas para a inflação, diz. Já “a geração de empregos no setor privado desacelerou em ritmo superior ao esperado em fevereiro”. Além disso, “sondagens empresariais mostraram arrefecimento da atividade industrial, repercutindo elevação nos custos de produção”.
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