A Romi, fabricante de máquinas, encerrou o primeiro trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 9,9 milhões, 44,18% inferior ao lucro de um ano antes. De janeiro a março, a receita avançou 30,97% em relação ao mesmo período do ano passado, somando R$ 273 milhões.
Apesar do faturamento maior, o resultado foi impactado pelo aumento de 39,57% dos custos operacionais, de R$ 206,4 milhões. E também foi prejudicado pelo resultado financeiro líquido, que piorou 83,3% do primeiro trimestre de 2024 para o mesmo trimestre deste ano, totalizando R$ 5,5 milhões em perdas.
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A receita operacional líquida foi puxada pelas máquinas da Burkhardt+Weber, que avançaram em 94,2% frente o faturado no primeiro trimestre de 2024, enquanto a receita das máquinas Romi cresceu 18,1% na comparação anual, somando R$ 155,8 milhões. Na unidade fundidos e usinados, a Romi viu a receita aumentar 13,4%, na mesma base de comparação, para R$ 43,9 milhões.
No trimestre, o resultado antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 18,2 milhões, um recuo de 33,2% sobre o primeiro trimestre de 2024. A margem Ebida, assim, perdeu 6,4 pontos percentuais, indo de 13,1% para 6,7% na mesma base de comparação.
A carteira de pedidos cresceu 37,4% frente ao primeiro trimestre de 2024, para R$ 817,8 milhões. Do complete, R$ 429,9 milhões são pedidos para as máquinas B+W (avanço de 42,3%), R$ 325,1 milhões são das máquinas Romi (alta de 37,3%) e R$ 62,7 milhões são da unidade fundidos e usinados (incremento de 11,3%).
De janeiro a março, a entrada de pedidos subiu para R$ 422,4 milhões, 41,4% superior ao reportado nos mesmos meses do ano anterior. Desse valor, o destaque foi para as máquinas B+W, que contribuíram com R$ 134,2 milhões — alta de 93,5% sobre os mesmos meses do ano passado. Ainda, R$ 234 milhões são correspondentes às máquinas Romi (alta anual de 31,2%) e R$ 54 milhões vieram da unidade fundidos e usinados (aumento de 5,9% frente um ano antes).
Segundo a Romi, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), citado pela empresa em suas demonstrações financeiras, ficou em 48 pontos em abril, abaixo dos 51,5 pontos apurados em abril do ano passado. O desempenho, segundo a empresa, reflete as incertezas do cenário econômico e a perspectiva de elevação da taxa de juros no Brasil, o que sinaliza um nível neutro de confiança entre os empresários do setor.
Em nota, a empresa destaca que o contexto externo continua como fator de alerta, em razão das dificuldades de crescimento nas principais economias mundiais, dos ajustes nas políticas monetárias e das persistentes tensões geopolíticas.
O Índice de Utilização da Capacidade Instalada, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), também citado pela Romi, registrou 69% em fevereiro, ficando 1 ponto percentual acima da média histórica para o mês. “Esse patamar elevado e estável sinaliza que o nível de utilização da capacidade instalada permanece consistente, sugerindo uma atividade industrial mais aquecida nos primeiros meses de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024”, comenta a empresa.
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