O presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, disse que o risco de reciprocidade pode encarecer a aquisição de equipamentos de grande porte, como caminhões de mais de 100 toneladas, escavadeiras, carregadeiras e moinhos, com impacto estimado em US$ 1 bilhão ao ano.
O alerta dado por Jungmann ocorreu durante reunião digital realizada nesta segunda-feira (21) com o presidente interino e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O encontro, promovido pelo Ibram, reuniu mais de 130 executivos de mineradoras que representam mais de 85% da produção mineral brasileira.
“Uma possível sobretaxação de importação de máquinas, por exemplo, prejudicaria a competitividade das mineradoras que atuam no Brasil. Atingiria a aquisição de equipamentos de maior porte, tais como caminhões acima de 100 toneladas de capacidade de carga, escavadeiras e carregadeiras para estes caminhões, moinhos e outros equipamentos de grandes dimensões, com elevação de custos da ordem de US$ 1 bilhão por ano”, disse Jungmann.
Esses itens, quase sempre produzidos no exterior com pouca ou nenhuma alternativa nacional equivalente, são considerados cruciais para a operação eficiente das minas no Brasil. Segundo Jungmann, a sobretaxa traria efeitos colaterais diretos sobre a competitividade do setor mineral, não apenas pelo impacto financeiro, mas pela possível interrupção de aquisições estratégicas e pela perda de eficiência operacional, num momento em que o setor busca aumentar produtividade e atrair investimentos.
Uma missão empresarial brasileira aos EUA também está sendo organizada pelo Ibram, com o objetivo de abrir canais diretos com o setor privado e representantes do governo e do Parlamento americanos.
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