O Vaticano anunciou que dois cardeais estarão de fora do Conclave por questões de saúde, após a morte do papa Francisco (21 de abril). Dessa forma, em vez de 135, o número de cardeais votantes e que podem ser eleitos para cairá para 133. O Conclave terá início na quarta-feira (7 de maio).
Segundo o Vaticano, os cardeais que não estarão presentes são: o espanhol Antonio Cañizares Llovera e o queniano John Njue. Saiba mais sobre eles abaixo:
Antonio Cañizares Llovera
O Cardeal Antonio Cañizares Llovera é arcebispo emérito (ou seja, já aposentado) de Valência (Espanha) e nasceu em 15 de outubro de 1945 no município de Utiel, na província valenciana.
Llovera iniciou sua trajetória religiosa como coadjutor paroquial, capelão e pároco. Depois disso, foi secretário da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé, além de ser o fundador e primeiro presidente da Associação Espanhola de Catequistas.
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Já em 1996, o cardeal espanhol também fundou a Universidade Católica Santa Teresa de Jesus, no município de Ávila (Espanha), e tornou-se, nesse mesmo ano, arcebispo do município de Granada. Em 2002, foi nomeado arcebispo de Toledo e primaz da Espanha.
Em 2006, o espanhol foi proclamado cardeal pelo Papa Bento XVI, e, por isso, participou do Conclave em março de 2013, que elegeu o Papa Francisco.
John Njue é o arcebispo emérito (ou seja, já aposentado) de Nairóbi, no Quênia, nascido em 1º de janeiro de 1946, na cidade de Embu.
Njue foi ordenado padre em 6 de janeiro de 1973 pelo Papa Paulo VI e, em 1974, começou a dar aulas de filosofia no Seminário Sênior Santo Agostinho, em Mabanga, Bungoma, onde também foi reitor de 1978 a 1982.
Ele possui dois doutorados: um em Filosofia pela Pontifícia Universidade Urbaniana e outro em Teologia pela Pontifícia Universidade Lateranense, ambas localizadas em Roma.
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Em 1982, tornou-se o primeiro padre africano a assumir a Paróquia de Chuka (Quênia) e, em junho de 1986, foi nomeado o primeiro bispo da Diocese de Embu, sua cidade natal.
O cardeal queniano foi nomeado arcebispo de Nairóbi em 2007, e, no mesmo ano, foi também denominado cardeal pelo Papa Bento XVI. Njue participou ainda do conclave de 2013, que elegeu o Papa Francisco.
O cardeal banido pelo Papa Francisco
O cardeal italiano Giovanni Angelo Becciu, demitido pelo papa Francisco em 2020, confirmou que não participará do Conclave, em declaração realizada na terça-feira (29).
“Tendo em mente o bem da Igreja, que servi e continuarei a servir com fidelidade e amor, bem como contribuir à comunhão e à serenidade do Conclave, decidi obedecer, como sempre fiz, à vontade do Papa Francisco de não entrar em Conclave, permanecendo convencido de minha inocência.”
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Em 2020, Becciu foi obrigado pelo papa Francisco a renunciar aos direitos e prerrogativas do cargo de cardeal e, posteriormente, enfrentou um longo processo judicial que resultou, em 2023, em sua condenação a cinco anos e meio de prisão por peculato e fraude.
Foi o primeiro cardeal condenado pelo Tribunal Penal do Vaticano, mesmo tendo mantido, durante todo o processo, sua declaração de inocência.
De acordo com o jornal “The New York Occasions”, o caso de Becciu envolveu a compra de um imóvel de alto padrão em Londres, que causou um prejuízo milionário aos cofres do Vaticano. Com a sentença, o italiano tornou-se o primeiro cardeal a ser condenado por um tribunal felony, em vez de um colegiado de cardeais.
*Estagiário sob supervisão de Diogo Max