O líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas (MA), disse que o partido vai sugerir ao governo que benefícios sociais passem por ajustes para que haja alternativas para as contas públicas e o Ministério da Fazenda recue do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O deputado divulgou nesta sexta-feira um vídeo e uma nota nas redes sociais em que elenca uma série de medidas que serão levadas por ele para uma reunião marcada entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e líderes partidários da Casa.
Sem detalhar como isso deve ser feito, o líder do União se manifestou favorável a mudar a forma como se dá o ritmo de crescimento do orçamento destinado para saúde e educação para que elas sejam “alinhadas ao novo arcabouço fiscal”.
Ele também pregou um “controle no crescimento da concessão do BPC (Benefício de Prestação Continuada, pago a idosos e pessoas com deficiência com baixa renda), preservando os direitos dos beneficiários”.
O líder também citou o uso de receitas de excedentes de leilões do petróleo e de dividendos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como outras sugestões.
“Este ultimate de semana vamos ter uma reunião com o ministro Fernando Haddad. A pauta é o combate ao aumento do IOF, imposto que incide na vida de todos os trabalhadores, todos os brasileiros. A desvinculação da receita da saúde e da educação, o excedente do petróleo, os dividendos do BNDES são uns dos temas que iremos tratar na reunião com o ministro Fernando Haddad”, afirmou.
O deputado ressaltou que as medidas são demandas que serão levadas por ele na reunião e que ainda não há acordo com o Ministério da Fazenda sobre os pontos levantados. “Não tive nenhuma tratativa com a Fazenda. Aguardando a reunião de domingo”, disse ao jornal “O Globo”.
Entre as medidas avaliadas pelo governo como alternativas para o aumento do imposto estão uma mudança no ritmo de crescimento do Fundeb (fundo de financiamento da educação básica, formado por aportes federais e de estados e municípios) e um corte na concessão de benefícios tributários.
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